MEDICAMENTOS PARA DORES MUSCULARES E VÔMITO, ALÉM DE HIDRATAÇÃO, SÃO AS FORMAS DE ATENUAR A DOENÇA
Com o aumento de casos em todo o Brasil, a dengue tem acometido milhares de pessoas nas últimas semanas. Com sintomas incômodos e que muitas vezes impedem o bem-estar mínimo para viver, a doença tem causado preocupação sobre qual medicamento é indicado para tratá-la.
É possível encontrar em grupos de Whatsapp ou em publicações nas redes sociais sugestões de medicamentos ou ativos orgânicos para evitar ou tratar a doença, mas é preciso ficar atento porque as indicações, muitas vezes, não tem comprovação científica e podem causar piora no quadro de saúde.
O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, alerta que não há um remédio para tratar a dengue em si e não é recomendado acreditar em soluções mágicas. “A dengue é uma doença viral que não existe antiviral específico para tratá-la. Então o que se faz é tratar os sintomas”, explica o infectologista.
Os sintomas da dengue “clássica” são febre alta, dores musculares, dor nos olhos, dor na cabeça, além de mal estar, falta de apetite e manchas vermelhas no corpo. Para esses incômodos, o tratamento é feito por meio de um tripé, explica Alberto: hidratação, uso de antitérmico (remédio) e medicação para vômito.
Os medicamentos indicados para tratar a doença são antitérmicos. A dipirona é a escolhida para atenuar os sintomas sem ter efeitos nas plaquetas. “Aspirina ou ácido acetilsalicílico são drogas que têm ação sobre as plaquetas, por isso não são indicados, porque já há uma redução delas por causa da própria doença”, detalha o infectologista.
Além disso, corticoides são contraindicados para a doença. Já os anti-inflamatórios não são preferíveis, porque podem atuar sobre as plaquetas, mas com menos intensidade do que as medicações feitas com ácido acetilsalicílico.
“No entanto, o anti-inflamatório pode ser usado nos casos de alergia à dipirona. Assim, usamos Ibuprofeno ou Tylenol”, afirma. Mais do que medicamentos, Alberto lembra a importância de manter uma hidratação profunda, com três a quatro litros de líquidos por dia.
“Pode ser água ou isotônicos, além de hidratação com soro caseiro para manter uma hidratação adequada, que é a principal causa de complicação e até de óbito na dente”, ressalta.
Dengue hemorrágica
Após sete dias da doença, os sintomas podem desaparecer, e o paciente ser curado, ou, em alguns casos, apresentar piora, que é o caso da dengue hemorrágica.
Os sinais de alarme para verificar se o quadro está em piora é dor abdominal intensa e contínua ou quando o abdômen é tocado; vômito persistente; sangramento de nariz e/ou gengiva; perda de sensibilidade ou irritabilidade; tontura ou queda de pressão em determinadas posições.
Nesse caso, a indicação é a procura rápida de um hospital para atendimento. A dengue hemorrágica pode levar à morte.
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/
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