O colunista Divino Onaldo Silva, do podcast "Academia do Agro", comenta a importância das feiras de agronegócio para o Brasil
Em 2023, as feiras especializadas do agronegócio já iniciaram o ano demonstrando a força e a pujança do setor. O calendário é muito extenso de norte a sul do país. Algumas já são feiras consagradas, outras nem tanto, mas em todas elas o número de visitantes, e a quantidade de máquinas e equipamentos comercializados aumenta ano a ano.
É interessante observar que está cada vez mais comum as feiras técnicas, aquelas sem festa, sem shows, sem churrascada, mas com muitas palestras, experimentos, lançamentos de cultivares de culturas diversas, exposição de animais, torneios leiteiros e até leilões.
Tecnologia é a palavra do momento. As máquinas em exposição são recheadas de novidades tecnológicas que, além de oferecer conforto aos operadores, ajudam a melhorar os índices de produtividade. Outro fato cada vez mais comum são os estandes das start-ups, que trazem todo tipo de aplicativos e soluções para problemas muitas vezes desconhecidos pelos produtores.
Enfim, o setor vive e não para de evoluir e de se transformar. As indústrias de máquinas e as concessionárias buscam trazer o cliente cada vez mais para perto e querem criar fidelidade. Os equipamentos tem tanta tecnologia embarcada que já se consegue analisar cada planta de uma lavoura inteira, muitas vezes direto do celular. Claro, que tudo tem o seu preço e o produtor rural tem que calcular os custos, mas não deve deixar de investir e se tecnificar mais e mais.
Inicialmente, as principais feiras do agronegócio brasileiro se inspiraram nas feiras norte-americanas e hoje não deixam em nada a desejar àquelas que no passado eram a nossa referência. Recentemente, estive na Show Rural Coopavel e vi a preocupação da organização da feira em trazer as pessoas da cidade para conhecerem as novidades do agro.
Houve uma abertura inusitada no domingo, antes do início da feira, para que os cidadãos urbanos pudessem levar as crianças para conhecerem as nossas máquinas gigantes. Pais de família se encantavam com tanta coisa bonita e tecnológica. Essa, de certa maneira, é uma forma de aproximar a cidade do campo, de mostrar o que realmente é o nosso agro. Um jeito de desmistificar o setor tão importante para a nação, mas tão pouco conhecido pelo público em geral.
As feiras se tornaram um local de encontro do que existe de melhor no agro brasileiro. E participar virou uma necessidade tão primordial como ir a um dia de campo. O nosso produtor está de parabéns por ter um setor tão forte, organizado e que sabe fazer a hora e não espera acontecer, como dizia o poeta. Avante agro brasileiro, o mundo precisa de alimento e nós precisamos de alimentá-lo.
Esse é um artigo de opinião, que não necessariamente expressa as opiniões, ideias e análises do Brasil 61 ou de seus editores.
SOBRE O AUTOR
Divino Onaldo Silva, Locutor de Rádio e Televisão | Programa Morada no Campo | Rádio Morada do Sol FM | Podcast Minha História com o Agro | Podcast Agro e Prosa. Artigo produzido pelo colunista ao podcast Crônicas do Agro e Academia do Agro.
Fonte: Brasil 61
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