Crime ocorreu em 18 de novembro e vitimou Pedro Gonçalves Guimarães Junior. Correio revelou, em primeira mão, que a execução está ligada a uma guerra entre familiares de ciganos, moradores de Tocantins
As diligências investigativas levaram os policiais da 35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho 2) à identificação de duas pessoas: Mizael Lopes Ferreira, 21, e MarcelLopes da Silva, 35, sobrinho e tio. De acordo com a PCDF, Marcelo estava na condução do carro utilizado no crime, um Voyage. Mizael, por sua vez, é o proprietário do veículo. A polícia segue no encalço para identificar o responsável pelos disparos contra Pedro.
O Voyage foi encontrado em 3 de dezembro abandonado no acostamento da BR-153, em Tocantins. A PCDF pede para que, quem tiver informações acerca do paradeiro dos dois envolvidos ligue para o número 197 da Polícia Civil. A denúncia é anônima.
Histórico
A guerra entre ciganos da mesma família é antiga, revelaram as investigações. O Correio apurou que Pedro Gonçalves tentou matar, em junho do ano passado, um integrante de um grupo cigano rival. O ataque ocorreu na cidade de Goianira (GO), depois que Pedro e o filho de 16 anos raptaram a neta da vítima, de 12 anos, da cidade de Itaberaí (GO) para Goianira. A menina foi transportada sem o consentimento da família para se casar com o filho de Pedro.
Na madrugada de 14 de junho de 2023, o filho de Pedro foi sozinho, de carro, buscar a menina em casa, em Itaberaí, e levá-la à cidade de Goianira, onde ele morava. Pedro se encontrou com o filho mais tarde, após pedir carona a um vizinho até o trevo de Caturaí, alegando que o adolescente tinha furado o pneu do veículo e precisava de ajuda.
Segundo consta nos autos, o filho de Pedro mantinha um relacionamento amoroso com a adolescente e ambos planejavam se encontrar naquele dia para morar juntos em Goianira. Inicialmente, a polícia suspeitou que a menor tivesse sido retirada à força de casa, mas a hipótese enfraqueceu depois dos investigadores interceptarem as conversas entre os adolescentes. Os diálogos revelaram que o encontro havia sido combinado previamente.
Pedro efetuou vários disparos contra a vítima, que conseguiu escapar com vida. À época, uma equipe da Polícia Militar patrulhava pela região, quando ouviu os disparos. No local, os militares presenciaram o ataque, ordenando que Pedro largasse a arma. Ele ignorou o chamado e ainda atirou contra os PMs, que revidaram, mas não o atingiram.
O cigano se rendeu e foi preso em flagrante. O MPGO solicitou a absolvição primária de Pedro pelos crimes de sequestro e cárcere privado de menor de idade para fins libidinosos, por falta de provas. No entanto, manteve a denúncia por homicídio tentado e corrupção de menores.
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/
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