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domingo, 5 de janeiro de 2025

Procon interdita quiosque que abordava pessoas oferecendo ‘clube de vantagens’ no Aeroporto de Goiânia

 

Órgão considerou abusiva a forma como os funcionários da empresa abordavam os clientes, usando métodos coercitivos

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém - 
Procon interdita quiosque que abordava pessoas oferecendo ‘clube de vantagens’ no Aeroporto de Goiânia
Saguão do Aeroporto de Goiânia (Foto: Paulo Roberto Belém)

Fiscais do Procon Goiás interditaram um quiosque localizado no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, por práticas abusivas. A ação ocorreu devido a denúncias recebidas de que vendedores desta empresa abordavam os passageiros oferecendo “pacotes de vantagens” e fechavam contrato de adesão sem consentimento do consumidor.

Em 2024, o órgão já havia recebido cerca de 50 reclamações contra a empresa. No site “Reclame Aqui” também há uma série de reclamações contra ela.

Consumidores relatam que eram abordados próximos à escada rolante do aeroporto, alguns inclusive com horário já perto de embarcar, por pessoas oferecendo benefícios como descontos em assinaturas de TV, revistas e passagens aéreas, entre outros.

Se o passageiro se negava a aceitar, os funcionários da empresa continuavam insistindo, afirmando que era uma “oportunidade única”.

Por esse serviço, seria cobrado um valor médio de R$ 1200 e ainda davam a possibilidade de parcelamento em cartão de crédito. Em um dos casos, uma consumidora idosa relata que uma das pessoas que estava nesse quiosque chegou a pedir o cartão dela, olhou o número de segurança na intenção de fechar o contrato, mas foi impedida pelo filho da senhora que desconfiou do suposto golpe.

O superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston, alerta que é preciso atenção dos que transitam pelo aeroporto. Segundo ele, se valendo da pressa dos passageiros e da vulnerabilidade de idosos, quem os aborda fala muitas coisas ao mesmo tempo, causando confusão no raciocínio da pessoa que acabam sendo vencidos pelo cansaço.

“O consumidor tem que estar atento, negar essa contratação e não entregar nenhum tipo de documento ou cartão sem saber, de fato, do que se trata o serviço”, afirma.

A empresa já havia sido notificada pelo Procon Goiás no final do mês de outubro de 2024, mas não apresentou documentações consideradas suficientes aos questionamentos do órgão.

Nessa nova fiscalização, realizada na última quinta-feira (02), a empresa foi interditada e teve suas atividades suspensas por não ter um contrato de adesão com cláusulas claras, não passar informações adequadas aos consumidores, utilizar publicidade enganosa, além de captar os clientes de forma abusiva.

Até que faça todas as adequações necessárias, a empresa está proibida de fazer qualquer tipo de comércio, inclusive de maneira eletrônica.

Fonte:https://portal6.com.br/

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